Jorge De Vagale Letra Y Video

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Jorge de Vagale Letra y Video

MasLetras.Com 133 vistas 907723 Likes Publicado el 6 sept 2019

JORGE


 
Jorge era um cara
Sonhava muitas coisas
Trabalhava de garçom
Ganhava quase nada

Seu rosto condenava
Uma vida incompreendida
Segundo a vizinhança
Uma alma azarada

Jorge não gostava de hipocrisia
Então não falava com ninguém
Só com o cliente que atendia

Certo dia ele pensou
“Vou sair daqui”
Aqui não é o meu lugar
Aqui eu não vou progredir

Meu pai eu não conheci
Minha mãe no céu está
Aqui não é o meu lugar
Eu vou seguir o meu próprio radar

Juntou suas poucas roupas
Sem rumo foi a pé
Pegou carona na pista
Com um cara chamado Zé

Zé era um cara
Sonhava poucas coisas
Medico aposentado
Em São Paulo capital

E lá foi Jorge viajando
No meio da viajem
Pensou numa família
Uma mulher de olho azul achar

Seu sotaque interior
Encantou o velho Zé
Ofereceu-lhe uma hospedagem
Durma hoje em casa se quiser

Jorge muito agradecido
Não podia recusar
Estava sozinhos
Ele e seus orixás

A cidade era tão grande
Quando ele chegou
O cimento te engoliu
Junto as luzes do metro

Toda vez que em falso pisar
Ruído branco é seu radar

A noite vira dia
A cidade acorda e Jorge
Agradece a estadia
Vai buscar a sua sorte

Zé observa
A ingenuidade
Vestida de ousadia
São coisas da idade

A vida é uma aposta
E a gente joga contra
Viciados em nos viciar
Viciados em massagear

O nosso ego
Pra que perceber
Que somos tão vazios
Que da eco

Espero que mude
E o mundo não se curve
A ninguém, quem for
Se não for pedir demais

Jorge ainda é um cara
Que sinha muitas coisas
Trabalha de garçom
Em São Paulo capital

Seu rosto ainda condena
Uma vida incompreendida
Segundo a cidade toda
Pessoa despreparada

Nem sempre tem um final
Tudo bem, a gente encontra